sábado, 23 de julho de 2011

A chama

Era noite. Uma noite normal, nem quente nem fria. Apenas mais uma noite. Ela estava sentada em sua cama com uma caneca de café fumegando e um cigarro aceso, olhava fixamente para a parede da frente, a única luz no quarto além da que vinha da rua, era a de uma pequena vela no canto do cômodo. O escuro da noite a acalmava, fazia com que colocasse as idéias no lugar, só que dessa vez estava diferente, como se tivesse algo interferindo. Nessa noite em especial, o escuro da noite e o silêncio absoluto não traziam as respostas de que ela tanto precisava. Quanto mais ela tentava colocar as coisas em ordem, mais as coisas fugiam do seu controle, a começar pelo seu coração que insistia em bater descompassado. O que causou isso, ela bem sabia, só não sabia o porque de ter causado. Olhando fixamente para a parede escura ela viu de relance a chama da vela dançar e foi então que tudo fez sentido. Era o fogo adormecido em seu interior, basto vê-lo naquele dia para ficar assim, e depois de vê-lo, tudo fugiu do controle. Foi como se uma brisa batesse numa pequena brasa desse fogo adormecido, a brisa soprou delicadamente, mas foi o bastante para reacender a chama, aquela chama negra em seu interior, a chama causadora de tanta inquietação, a chama que dava força para a fera que habitava seu peito, a fera que ela não podia controlar, e também pudera, quem controlaria? A fera há muito adormecida, a fera que se chamava amor. De repente tudo ficou claro, para se manter no controle teria de ficar longe dEle, o ser a quem a fera em seu interior desejava. Ela passou tantos anos evitando-o, e bastou um olhar e um toque de sua pele para deixá-la assim, sedenta por mais.
Ela manteria distância, recuperaria o controle,manteria o fogo adormecido ou ao menos tentaria todo custo.. Pois ela sabe que é fácil evitar um olhar, mas sabe também que não pode evitar a brisa, brisa essa que acaricia a brasa do fogo adormecido, brisa essa que se chama saudades...

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Amor próprio.

Taí uma coisa difícil de achar hoje em dia, não é?
Esse tal de amor próprio é um 'cara' complicado, e ele tem andado meio que escondido.
Muitas pessoas se prendem a uma outra pessoa, pensando que sua felicidade depende de estarem juntos, mas a grande verdade que ninguém vê é q a nossa felicidade depender unicamente de nós.
Depende de nos aceitarmos como realmente somos, conhecendo nossos limites, não permitindo que ninguém passe por cima de nós e dos nossos sentimentos, depois disso é que entra uma segunda pessoa.
Conheço pessoa que fazem das tripas coração, que vivem o inferno na terra, que aguentam situações pelas quais não precisam passar, de verdade, não precisam. E passam por isso tudo alegando que 'eu amo, não posso viver sem ele. ' ou então aquele batido ' se tá ruim com ele, pior vai ficar sem ele.'
Eu sinceramente tenho pena dessas pessoas, por colocarem alguém que não merece acima delas próprias, alguém que só magoa, que humilha, que maltrata.
Tá faltando amor no mundo, sim. Mas o amor que está mais em falta no momento é o amor próprio.